Em tempo de Crise... ser São José
Em dia de São José, também dia do Pai ocorre-me uma reflexão sobre um tipo de Liderança – a chamada Liderança Paternalista!

Acredito que, nos tempos incertos que vivemos, sim creio que a palavra certa é incertos, a liderança toma um papel tão preponderante senão crucial para a sobrevivência dos negócios!

Em dia de São José, também dia do Pai ocorre-me uma reflexão sobre um tipo de Liderança – a chamada Liderança Paternalista! Nesta, que verifico em várias empresas com quem trabalho, predomina uma relação dono/equipa muito semelhante à de pai/mãe e filhos. O Líder sabe o que é melhor para a equipa porque decide em função das suas necessidades. Assume a maior parte das decisões e explica as razões fundamentais que o levaram a toma-las. Em suma, o Líder concentra em si toda responsabilidade por decisões relativas à equipa, aos clientes ou ao negócio em si. Afinal, é o que, a seu ver esperado de “um bom Pai”!

Há vantagens que constato – sem exageros para não se tornar em autoritário – poderá ser uma abordagem muito motivadora e eficiente. A equipa sente-se segura e sendo esta uma das necessidades básicas dos seres humanos faz com que o empenho, compromisso e a motivação sejam elevados. Cria-se um ambiente que favorece a partilha de sugestões de melhoria (mesmo que saibam que a decisão final é sempre do dono, que no caso de não as acatar, dará razões muito lógicas para não o fazer).

Poderá haver desvantagens muito semelhantes às das famílias mais tradicionais – em que o pai toma a decisão e os filhos obedecem – que é a da equipa se acomodar a uma actuação mais confortável e, não tomando decisões, umas boas e outras menos, não desenvolvem algumas das softs skills tão importantes como a simples “Analise e Tomada de Decisão” ou “Pensamento Critico” ou “Capacidade de Resolução de Problemas Complexos”. O não desenvolvimento destas competências poderão ser fatais para o sucesso do negócio e por consequência da empresa.

Cuidar da Equipa significa proporcionar-lhe sistemas, manuais com procedimentos e processos e complementar com formação ajustada para que desenvolvam as competências técnicas do negócio e outras comportamentais como comunicação ou liderança. Haverá ainda que ser a feita a definição de OBJECTIVOS a alcançar em função da Visão do Líder. A clarificação das REGRAS, standards, as normas em função dos valores que o Líder defende (e outras que a equipa complemente) é também importante. Depois há que ter um PLANO – quem faz o quê, quando e como. Desta forma não restará grandes dúvidas à equipa de como deve proceder. Haverá algum risco! Sim, é um facto! O Líder lá estará para APOIAR O RISCO, ENVOLVENDO e /ou INCLUINDO quem entender que o deva fazer. 

PS: ainda em relação ao dia de hoje – São José foi conhecido como “o Justo”. O que “soube falar” e o que “soube calar”, oportunamente! Algumas crenças dizem ainda que foi o “escolhido” por ser de uma idade mais avançada logo poderia melhor “proteger” a sua família.

Ser Justo, saber Falar, saber Calar e Proteger… faz-me pensar que serão algumas das características que qualquer Líder, nos dias de hoje, deveria ter!.

Em tempo de Crise... Confiança!
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