As “fatias grossíssimas” que me ensinaram uma lição de inovação!
...imagem do site da empresa Limiano...

Vou assumir sem vergonha: eu adoro queijo! 😊

Adoro mesmo. Daqueles amores perigosos… E este fim de semana, durante as compras no supermercado, comprei várias opções de fatiados (bem sei que fica mais caro… mas este fim de semana deu-me para isto). E entre várias escolhas, trouxe o Limiano – Grossíssimas!

Quando abri a embalagem… a textura era tão cremosa que quase pedia mais uma fatia. E mais outra. E mais outra… E aí caiu-me a ficha: “Olga… estás a fazer exatamente o que eles querem.” Que grande estratégia de marketing!

Fiquei a tarde inteira a pensar no quão genial é lançar um “novo produto” (fui pesquisar e percebi que foi lançado há poucos meses) sem alterar praticamente nada na produção base, apenas na forma como chega ao mercado.

🎯 Inovar nem sempre é mudar o produto

Na verdade, o queijo não mudou. O que mudou foi a forma como o cliente quer recebê-lo: mais rápido, mais prático, mais conveniente, mais alinhado com o seu ritmo.

E claro, não é só no queijo que isto acontece. Outros exemplos que me ocorrem:

  • O pão que era inteiro passou a fatiado, sem côdea, congelado, pronto a cozer.
  • O café evoluiu do grão às cápsulas, das cápsulas ao “cold brew”.
  • O iogurte saiu do copo tradicional e passou a “on the go”.
  • O vinho ganhou mini-doses, bag-in-box e versões sem álcool.

Nada disto mudou o produto. Mudou, diria eu, a experiência de entrega.

E nos serviços? A lógica é a mesma:

  • A educação passou da sala para o online.
  • A banca foi do balcão para a app.
  • A saúde reinventou-se com a teleconsulta.
  • Até os restaurantes servem fora de portas: take-away, entrega, kits para cozinhar em casa.

O propósito não mudou. O serviço base não mudou. O que mudou foi como chega ao cliente.

💡 Concluí então que, nestes casos, a verdadeira inovação está na entrega!

E acredito que muitas empresas continuam presas à ideia de que inovar é criar algo completamente novo… Mas “algo novo” implica muitas vezes novos recursos — financeiros, materiais, humanos e até intangíveis como marca ou patentes.

Em muitos casos isso é verdade. Mas em tantos outros, na prática, o que o cliente quer é receber o mesmo produto… de forma mais simples, rápida, intuitiva e conveniente!

A diferença entre estagnar e crescer está muitas vezes aqui: No “como”, não no “quê”.

Por isso, nesta fase final do ano — em que tantas empresas começam a repensar a estratégia — deixo-lhe esta reflexão:

👉 Talvez o seu produto continue ótimo. Mas será que a forma como o entrega ainda faz sentido para o cliente de hoje? Ou ainda em que parte do seu negócio acha que poderia inovar… sem criar nada novo?

Comente comigo! Adorava saber!

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