Recentemente tive uma reunião que me ficou na cabeça. Um empresário com mais de 20 anos de experiência, uma equipa dedicada, um produto sólido… e um olhar, diria eu, cansado.

Quando falávamos dos desafios do mês, ele disse algo que me fez parar:

Sinto que o meu negócio ainda está vivo, mas já só resta o esqueleto.

Fiquei em silêncio. E ele continuou:

Sim… como aquele esqueleto que vemos nas fotos de Halloween, rodeado por velas, ainda aceso… mas parado no tempo.

Durante a conversa percebi que o problema não era o mercado, nem as improdutividades ou os conflitos na equipa. O que o estava a afetar era o encantamento (ou melhor, desencantamento) com o próprio negócio.

Quando o brilho da liderança se apaga, o lucro começa a desaparecer. E é aí que os feitiços e travessuras do mercado ganham espaço.

Falamos das TRAVESSURAS do mercado

Dizia que sentia que o mercado é astuto. Muda regras. Lança modas. Cria ilusões de urgência. E, se não estivesse atento, cairiam sob o efeito dos feitiços que drenam tempo, foco e lucro!

E na conversa identificamos 3 FEITIÇOS:

🪄 O feitiço da comparação — olhar mais para os concorrentes do que para dentro da própria empresa. 🪄 O feitiço da dispersão — confundir movimento com progresso. 🪄 O feitiço da desculpa — justificar a falta de resultados em vez de agir sobre eles.

Como ambos não queríamos terminar a reunião “enfeitiçados”, identificámos ainda três antídotos simples — nada de fórmulas mágicas:

💡 Liderar com números. A disciplina de medir o que importa é meio caminho andado para melhorar. E se conseguir fazê-lo em 80% dos casos… já é excelente.

💡 Simplificar processos. A complexidade custa caro — e 20 anos de experiência já lhe ensinaram o que funciona (e o que não funciona).

💡 Focar no essencial. A vontade de fazer mais é grande, mas o lucro vem da disciplina e direção, não da dispersão.

Terminámos a reunião com um sorriso — ele, por ter reencontrado clareza; eu, por saber que acabava de ganhar conteúdo e contexto para este texto!

Um dia Cheio de Nada